Esse post é um punhado de coisas que fui escrevendo conforme fui sentindo ao longo desses meses. Achei gostoso de fazer, apesar de na hora da escrita de alguns desses eu não estar lá nos meus melhores momentos. No fim, mordo minha língua, que dizia não tolerar desabafos.
Comecei em Julho.
Tenho isso desde pequena. Essa coisa de "entrar em pausa", é assim que eu chamo. Acontecia bastante no final do ensino fundamental e principalmente durante o ensino médio. Havia parado quando me formei, e agora que estou na faculdade, isso voltou. Essa coisa que eu não sei o nome, e me atrapalha em viver o básico em sala de aula.
Dissociação, maladapitative daydreaming, desrealizaçao, sei lá a diferença entre eles. Só sei que em um momento estou ali, e depois não estou mais. Não como se me visse em terceira pessoa, saindo do meu corpo, ou se só viajasse na maionese. Eu simplesmente entro em pausa. Como um boneco de The Sims ♦, que não sabe que é um personagem e que alguém o colocou em pausa. Quando volto, o "jogo" ao meu redor continuou normalmente e só eu fiquei parada ali. Não tenho lembranças de pensamento e nem de onde fui, só a sensação de que não estava ali. Como um pc travado, retorno de repente, como se nada tivesse acontecido.
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E se eu trancasse a faculdade...
Por que eu quero trancar? Por que eu não aguento mais aquele lugar me forçando a sair da minha zona de conforto. Quero voltar pra minha bolha. Não aguento aquele lugar, aquelas pessoas.
Não sou boa em cálculos/contas. Que bosta de farmacêutica serei?
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Por que as pessoas cochicham pelas costas? Quero dizer, eu tbm sou fofoqueira. Quem não é? Mas eu espero a pessoa sair e não falo maldades dela, só comento coisas que notei.
Por que as pessoas cochicham quando você está do lado, pronto para ouvir tudo, "sem que percebam"? Fazem de propósito? Talvez a culpa seja minha por sempre dizer por aí que "não tenho visão periférica" e que "não escuto bem", só para saber se vão realmente fazer/falar coisas ao meu redor. E sempre da certo, sempre vejo e escuto. Só alimento o meu medo e insegurança com isso. É culpa minha.
Talvez eu seja uma tremenda merda de pessoa desagradável.
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A ânsia de ter, o tédio de possuir. Maldito tuiteiro que colocou isso no meu feed, maldito Arthur Schopenhauer. Agora tudo é chato, mas que raiva.
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Hoje (03/07) eu desabei de chorar quando cheguei em casa, depois do estágio. Aquele lugar me faz mal. Aquelas pessoas tóxicas de modo passivo agressivas. Será que eu já fui isso pra alguém e agora estou pagando os meus pecados?
Pelo menos deu tempo de chegar em casa para chora. Morro de medo de chorar lá, na frente deles.
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Qual é o botão que a gente clica pra começar a romantizar a vida, e ver mais beleza nela? Estou precisando enxergar felicidade. Gratidão pelo que já possuo, também.
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O que eu penso não é o que eu escrevo. Não consigo, desde sempre, colocar no papel (ou na digitação) o que realmente estou pensando. Nunca consegui.
Sempre penso demais no movimento dos dedos, na curva da caneta, na frase que estou montando. No fim, nada saí conforme havia imaginado segundos antes de começar a escrever.
Gostaria de ter uma máquina, um fio, uma conexão bluetooth, algo que transcrevesse cada letra da minha psique. Porque textos inteiros desaparecem num piscar, e ao final o que sobra é um "não sei o que estou sentindo".
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As pessoas mudam, e isso é bom. Posso muito bem mudar a minha opinião sobre alguém, não posso? Ainda mais quando percebo estar equivocada. Isso vai além de picuinhas sobre não ir com a cara de alguém. Às vezes essa pessoa achou que era você quem não ia com a cara dela, para no fim, se darem muito bem.
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— Maelson Cardoso (@maelsoncardoso.bsky.social) 2 de novembro de 2024 às 14:16
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EU DELÍRICO